E chegou a hora de falarmos dos times que começam o campeonato perseguidos pelo fantasma do rebaixamento. Isso não quer dizer que eles irão cair, mas que contam com a desconfiança de todos para o que podem apresentar na competição que começa amanhã. Ser rebaixado é tudo que um time não precisa. Quem cai se vê com menores possibilidades de atrair público e renda, além de toda a gozação que os torcedores tem que aguentar. Vamos conhecer os candidatos à degola:
Vasco: Não é porque é grande e tem uma história cheia de conquistas que o Vasco vai ficar de fora dessa lista. Numa crise financeira sem precedentes, o clube carioca de imensa torcida ainda não apresentou muitos reforços para o campeonato. Apenas o atacante André chegou após más atuações em Atlético Mineiro e Santos. É muito pouco para o time que chega ao campeonato com discurso de sul americana, mas que deve passar mesmo é por tempos turbulentos. O técnico Paulo Autuori é o destaque do time e pode de fora de campo organizar as coisas e salvar o Vasco.
Bahia: A exemplo do Vasco, o problema do Bahia é a falta de organização. Depois de oscilar entre as séries A, B e até mesmo C nos últimos anos e fazer um estadual desastroso, o time ainda caiu na copa do Brasil e perdeu o técnico. É em meio a esse turbilhão que o tricolor baiano começa o campeonato. O técnico Cristóvam Borges chega com voz apaziguadora e tenta impedir que o clube dispense vários jogadores acusados pela torcida como culpados da atual situação. Os que lá estão não são de primeira, mas se saírem faltarão anda mais opções para o limitado time do Bahia.
Criciúma: O Criciúma está de volta nove anos após sua última participação na série A e, como o Bahia, também passeou pela série C, por isso precisa acabar com a desconfiança. Mesmo fazendo uma série B de respeito, o time chegou desacreditado ao estadual e surpreendeu ficando com o título. A falta de favoritismo pode virar arma para o time que joga muito bem dentro do seu caldeirão, o Heriberto Hulse, mas costuma decepcionar fora. O técnico Vadão resolveu usar o panorama desfavorável como motivador para o time e, com inteligência, assumiu o posto de franco-atirador. O time é organizado, tem um caldeirão mas falta camisa e tradição. Esses são os ingredientes do Tigre.
Portuguesa: Mais do que falta de organização, o problema da Lusa é falta de dinheiro. Campeã da série A-2 do paulista, o time chega com pouco crédito e em constante crise entre diretoria e torcida. Mesmo o título da segundona paulista não apaziguou os ânimos do time já eliminado da Copa do Brasil e que não tem um bom elenco. Com Souza e Luis Ricardo como destaques, o técnico efetivado Edson Pimenta espera pelos “camarões” e o primeiro deles pode ser Cañete, não aproveitado no São Paulo. Falta dinheiro, falta elenco e falta a presença da torcida para encher o estádio e mais uma vez a Lusa pode estar de partida para a série B.
Náutico: Único time pernambucano na série A, o Náutico pretende repetir a perigosa receita do ano passado quando consertou o barco já navegando. Com ajuda dos reforços e do estádio dos aflitos, o time se salvou ano passado. Esse ano o time jogará na belíssima nova arena que talvez não funcione como caldeirão e se os reforços não chegarem, pode ser que o plano não funcione. O técnico Silas não conseguiu até agora um padrão de jogo e é um dos candidatos a perder o emprego logo caso o time não embale.
Falta de organização e dinheiro parecem ser os principais motivos que levam os times a cair. Está na hora das diretorias enxergarem o que todo mundo já viu e fazerem a parte delas. Quatro times caem, isso, de uns anos pra cá não tem mais como evitar no tapetão.
E você caro leitor, concorda com esses candidatos? quem você acha que cai e por que? deixe seu comentário.
Futebol sem enrolação! 